Poemas

Anjos da Vanguarda

Escrever poemas,
Como se nada mais no mundo houvesse a fazer,
Como se o tempo fosse se esgotando e estivesse
A depor contra ele ...
Ser feliz, enquanto a companhia das letras, me fizer falar,
Sorrir e chorar, cantar e calar,
Ausente aos escabros do alheio...
Misturar versos meus, com os de meus camaradas,
Aqueles à quem admiro...
Acreditar em versos sem rima ,
Sem a lógica métrica dos ritmos
Mas com o clima da voz que tudo canta ,
Atravessando por nossa garganta,

Vinda do fundo abismal do infinito...
Cantar sempre, em casa , nas praças nas ruas,
Cantar verdades nuas e cruas
Fantasiando só com luzes e alegorias.
Viajar cigano se infiltrar nos ninhos
Onde fervilha e germina
A cultura do espirito,
Fluir de um canto pra outro,
Em mutirão, como se um coral de anjos fóssemos,
Anunciando com trombetas violas ,
Banjos e cores
A vanguarda, o advento, o novo,
Louvando a energia pura do povo,

Recriando harmonias..




Ardentia


Pelas pedras que pisei menina,

Vão meus pés na escura noite

Sem cachorro branco,Mister,nem vaga-lumes Reconhecendo passo a passo esse chão no mar Me lanço e peço a Deus que me ilumine.

Ardentia, ardentia,

com que emoção lhe conheço

Bem na areia, bem na água

E na beira dessa Aldeia Antiga,

Floresta, areia e mar...



                                                           Superficie solitaria
Mergulhas na alma e voltas à tona, superfície solitária,
Colhendo fragmentos da grande verdade esquecida, como Luz e Vida,
Jamais desistiremos dessa busca contínua movida pelo fogo do espaço...
Perdidos num tempo onde a ilusão domina e destrói,
Os parâmetros humanos rastejam para o indesejável, Vem viver, homem , eu imploro,
Abandone essa fabrica de nadas e mergulha no verde, no marrom, no azul, no cristalino,
Crie seu trabalho, plante, colha,
Ame amigo...

Amém !

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